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Quatro a cada dez crianças não tem vínculos fortes com seus pais

Atualizado: 16 de set. de 2020


Durante um estudo realizado com 14.000 crianças dos Estados Unidos, 40% não têm fortes vínculos emocionais, onde, de acordo com a psicologia é chamado de "apego seguro". Essa falta de vínculo emocional esta interligada entre a relação de filhos com os pais e é crucial para o decorrer da vida da criança.


Foi descoberto entre os pesquisadores que essa "falta" faz com que essas crianças sejam mais propensas a enfrentarem problemas educacionais e comportamentais. Estes vínculos, ou apego seguro, são formadas por meio de cuidado parental que inicia muito cedo, tais como pegar uma criança no colo quando ele ou ela chora, ou segurando e tranquilizando uma criança.


“Quando os pais sintonizam e respondem às necessidades de seus filhos, e são uma fonte confiável de conforto, as crianças aprendem a gerir os seus próprios sentimentos e comportamentos”, disse Sophie Moullin, doutoranda estudando no Departamento de Sociologia da Princeton University e do Escritório de Pesquisa Populacional.


“Quando os bebês indefesos aprendem cedo que seus choros serão respondidos, eles também aprendem que suas necessidades serão satisfeitas, e provavelmente irão formar um apego seguro com seus pais”, disse Campbell. “No entanto, quando os cuidadores estão sobrecarregados por causa de suas próprias dificuldades, os bebês são mais propensos a aprender que o mundo não é um lugar seguro — levando-os a se tornarem necessitados, frustrados, afastados ou desorganizados”.


Essas crianças são mais propensas a abandonar a escola, emprego e formação. Entre as crianças que crescem em situação de pobreza, a falta de cuidado parental e apego inseguro antes de quatro anos de idade têm uma tendência forte a não terminar a escola. Dos 40% que não têm apego seguro, 25% evitam seus pais quando eles estão chateados (porque seus pais estão ignorando as suas necessidades), e 15% resistem aos seus pais porque os pais lhes causam sofrimento.


Em um relatório publicado pelo Sutton Trust, um instituto com sede em Londres, que já publicou mais de 140 trabalhos de pesquisa sobre educação e mobilidade social, pesquisadores da Princeton University, Columbia University, the London School of Economics and Political Science e University of Bristol, descobriram que crianças com menos de três anos de idade que não formam vínculos fortes com suas mães ou pais são mais propensas a serem agressivas, desafiadores e hiperativas como adultos.


Foi realizado também pelos pesquisadores mais de 100 estudos acadêmicos que comprovam que 60% das crianças desenvolvem apego forte com os pais, esses apegos se formam através de ações simples como responder as necessidades do bebê, segurá-lo com amor. Tais ações ajudam o desenvolvimento social e emocional das crianças, que, por sua vez, fortalece o seu desenvolvimento cognitivo, são mais propensas a serem resilientes à pobreza, instabilidade familiar, estresse parental e depressão.




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